Dermatite de Contato
A dermatite de contato é uma doença de pele não contagiosa, que cursa com sintomas papulares, vesiculares, eritematoso (vermelhidão), exsudato e numa fase mais tardia liquenificação (espessamento, escurecimento e acentuação dos sulcos da pele), associado a prurido (coceira) e que se não tratado, pode evoluir com fissuras e lesões dolorosas. A dermatite de contato pode ser irritativa e alérgica. A primeira não precisa de exposição prévia para início dos sintomas e está associado a disfunção da barreira cutânea, como occore na dermatite atópica, que facilita a irritação da pele por contato com agentes como detergentes, sabões, produtos de limpeza, solventes, germicidas. Já a segunda, precisa de exposição prévia para que ocorra sensibilização com participação do sistema imunológico, desenvolvendo uma reação de hipersensibilidade do tipo 4, que é mediado por células. Dentre as várias substâncias alergênicas, as mais comuns são sulfato de níquel, neomicina, perfume mix, bálsamo do peru, cloreto de cobalto, formaldeído e quaternium 15. O diagnóstico deve ser baseado na história clínica e para diferenciar a dermatite de contato irritativa da alérgica deve ser utilizado o patch test (teste de contato). São selecionadas substâncias de acordo com a suspeita clínica para serem aplicadas nas costas do paciente através de finn chambers (pequenas placas metálicas), que depois serão retirados para leitura em dois tempos, com 48h e 72 ou 96h. As lesões ocorrem no local de contato com agente, no entanto, nos casos de dermatite de contato alérgica, embora raro, podem ocorrer manisfestações dermatológicas longe do sítio primário de contato. O pilar do tratamento consiste em evitar o contato com agente responsável que é identificado pelo patch test nos casos de dermatite de contato alérgica. O complemento terapêutico é realizado com medicações como corticoides, tópico ou sistêmico, dependendo da extensão das lesões e anti-histamínicos orais. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor o prognóstico e menor será o sofrimento do paciente. Por isso, é importante buscar o médico especialista para avaliação correta do quadro clínico, minimizando as chances de erros diagnósticos, trazendo uma melhoria para vida do paciente.