Asma
A Asma é uma doença heterogênea caracterizada por inflamação crônica dos brônquios, que leva ao surgimento de sintomas como falta de ar, sibilância (chiado durante respiração), tosse seca e pressão no peito. Estes variam ao longo do tempo e quanto a intensidade, junto com variação de fluxo aéreo pulmonar.
Existem diversos fenótipos, como asma alérgica, asma não alérgica, asma de início tardio, asma com obesidade e asma com fluxo aéreo fixo por remodelamento de árvore brônquica.
A Asma alérgica, geralmente começa na infância e está associado a sensibilização por alérgenos inalantes como ácaros, epitélios de animais, fungos, pólens dentre outros. Ao contrário do que muitos pensam, é possível levar uma vida normal mesmo com o diagnóstico de asma, podendo ser realizado atividade física normalmente. Na realidade, a atividade física é extremamente benéfica para o asmático, pelo seu efeito anti-inflamatório. Para que o indivíduo possa ter uma vida normal e com prática de exercício físico regular, deve-se em primeiro lugar existir um diagnóstico correto, o que nem sempre é tão fácil, e a partir daí traçar um plano terapêutico adequado e em conjunto com paciente, levando em consideração a preferência de dispositivos (já que existem vários e cada qual com sua peculiaridade no manuseio), o grau de instrução e escolaridade, o custo das medicações e as expectativas do paciente quanto ao tratamento. Outro ponto importante, ou talvez o mais importante e que está relacionado com a falta de controle dos sintomas da Asma em 80% dos casos, é justamente a técnica na hora de utilizar a medicação, sendo por isso, indispensável conferir o passo a passo em todas as consultas, para corrigir possíveis falhas. É necessário orientar o paciente sobre possíveis gatilhos de exacerbação da asma, como infecção, mudança de clima, exposição a agentes irritativos (como tabaco), alergênicos e comorbidades não controladas, incluíndo a rinite.
Como a grande maioria das doenças alérgicas, a Asma trás um grande impacto na qualidade de vida do paciente se não for corretamente diagnosticado e tratado, sendo assim, importante a avaliação pelo especialista. Dessa maneira, inclusive, se torna possível reduzir o número de internações e visitas em unidades de emergências devido exacerbações, que ainda são muitas, justamente por falta de manejo adequado da Asma.